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Cachoeira do Sul
29 de março de 2024
Diocese de Cachoeira do Sul

VELAS AO VENTO

VELAS AO VENTO

No ano de 1500, da era cristã, o aventureiro Pedro Álvares Cabral aportou nesta terra pertencente aos índios das diversas tribos. Não foram os remadores que fizeram as naus atravessar o Oceano Atlântico, partindo de Portugal. A força dos ventos inflou as velas que tornou possível a travessia marítima. A força motora, colhida pelas velas, impulsionou as embarcações dos aventureiros, garantindo a navegação por “mares nunca dantes navegados”!

         O vento é invisível. Nós percebemos seu dinamismo, pela ação causada. É a ação que garante o conhecimento e o trabalho. O conhecimento é deduzido pelo que a ação concretiza.

Assim a fé. A fé não se vê. É uma realidade invisível. Nós deduzimos a fé pela ação. Os atos garantem sua existência e revelam sua concretez. O conhecimento é deduzido pelo que a fé concretiza.

         A ação do vento pode ser suave ou violenta; assim a fé: pode se manifestar como uma brisa suave ou como um vendaval poderoso.

         As velas revelam a força do vento e a ação cristã revela a força da fé. Assim, também, se comporta o amor e a esperança.

         O ar parado não se torna vento, nem prodigaliza trabalho. O amor parado, a fé e a esperança paradas são inertes e não geram vida. A crença se assemelha ao ar, quando se move se transforma em fé.

O navio se moveu pela ação do ar em movimento, pelo mar a afora; a fé pela ação da crença, empurra o fiel através do mar da vida.

         Resta lembrar a você o que disse o Apóstolo Tiago: “A fé sem obras é morta. ” A calmaria é a morte da travessia.

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