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Cachoeira do Sul
12 de novembro de 2024
Diocese de Cachoeira do Sul

A CANGA DE JESUS

A CANGA DE JESUS

Mons. Elcy

Meu pai era oleiro. Do caulim e das argilas, misturados, produzia telhas, tijolos e manilhas. Naquele tempo não existia retroescavadeira. Trator, só tinha, algum estanceiro. Nem a prefeitura possuía patrola ou trator. As estradas eram moldadas ou recuperadas à base da picareta. A tração animal era o que existia para as lidas. Uma carreta truncada, puxada por uma junta de bois, era o que se tinha para a olaria. Lembro, até, os nomes dos animais: Barroso e Baseado. O Barroso era forte e liderava a tração. O Baseado, até no nome era um baseado, era quase arrastado pelo companheiro de tão preguiçoso.

Lembro da minha infância, na primeira metade do século passado, nas diversas lidas; eram feitas, mais na força muscular, que na força motriz. Como tudo era executado sem motores, as coisas se uniam na mesma primitividade.

Recordo isso, porque Jesus falou que o jugo dele é suave e leve. Ora, jugo é canga. Canga semelhante a que unia, na tração, o esforço dos bois: Barroso e o Baseado.

A canga dos bois, era feita de madeira e a de Jesus é feita de amor; assim como o ‘amor conjugal’ do casal humano. O casal, também, está cangado em parceria, devendo puxar pareio, sem prejudicar o companheiro ou companheira!

A expressão de Jesus, indica que Ele deseja que, cangados a Ele, possamos arrastar a carreta da vida, equalizando os esforços. O amor é suave a leve. Esta é a canga proposta, ou se quiser, o jugo leve e suave, proposto pelo Mestre.

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