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Cachoeira do Sul
16 de abril de 2024
Diocese de Cachoeira do Sul

O SINO E O BADALO

O SINO E SEU BADALO

Tenho pensado nas melodias de tantos sinos, indicando a hora do “ângelus”, ao meio dia e às seis horas da tarde, no tempo da pré-modernidade. Tornavam públicos os falecimentos, desastres e perigos. Eram codificados, pelas variantes das batidas. Se hoje as notícias e as notas fúnebres são anunciadas pelo rádio e pela televisão, perderam as emoções de outrora. Os sinos foram substituídos pelos relógios e pelos meios de comunicação social. O sino, da torre da igreja, pesava quase meia tonelada; seu badalo, um pouco mais de dois quilogramas. Um não era eficiente sem o outro. Não interessava o tamanho ou peso, mas cada um com sua função específica. Ambos concretizavam a missão de chamar os fiéis ao templo para a oração da comunidade. Se o sino rachasse ou o badalo partisse, não haveria chamamento; seriam dois frustrados e dignos de piedade.

Na sonoridade de um carrilhão, não importa quem é mais importante, mas que cada um faça sua parte, para que a harmonia seja gerada, sensibilizando, do tímpano ao cérebro, o som que revela, como num sacramento, uma realidade escondida no seu tanger.

Tanto as pequenas peças de um relógio, como os pistões do motor de um navio, só serão eficientes se cumprirem a missão, a que foram projetas, para marcar o tempo ou para mover a embarcação. Como todas as outras peças, devem cumprir suas missões, em conjunto, sem omissão de qualquer uma delas.

Assim somos nós os humanos: Com missões específicas, não menos importantes umas das outras, vamos conduzindo a história semelhante à do sino com seu badalo, do relógio com sua peça e do motor com seu pistão. Qualquer quebra da unidade, o relógio para, o motor para, o sino para e o progresso humano para!

Qualquer omissão estraga tudo e o omisso será responsabilizado pelo fracasso total!

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