Já escutei muitos questionamentos e preocupações acerca do Natal deste ano, afinal, com a Pandemia tudo está tão estranho, tão diferente. Não sabemos se devemos ou como vamos celebrar. A sensação é de prisão não só em nossas casas, mas em nossos pensamentos.
E fica dentro de nós esta pergunta: Como será o Natal deste ano?
Para encontrar uma resposta, precisamos entender, antes de tudo, qual é o significado do Natal, pois aprendemos desde pequenos que o Natal é nascimento, é vida nova, é esperança renovada.
Pois bem, neste ano de Pandemia, talvez seja ainda necessário “re-significar” o Natal, ou melhor, resgatar dentro de nós seu verdadeiro sentido.
Olhando para a nossa realidade, consigo vislumbrar um Natal com menos ou sem o barulho dos fogos e sem tantas luzes, sem as comilanças e bebedeiras, sem aquelas festas de final de ano e, também, com as igrejas quase vazias.
Talvez, esta realidade nos permita abrir espaço para ouvir o choro do recém-nascido que vem ao mundo e a estrela de Belém, como única a brilhar no horizonte, apontando para a direção que devemos seguir.
Um Natal mais silencioso e reflexivo, mais interior e familiar
Afinal, o Natal é a celebração da descida de Deus, daquele que se fez frágil como nós, que vem para ficar junto de nós, para nos consolar pelas tantas perdas; que nos vem animar para seguirmos em frente, para simplesmente nos dizer: Olha! Eu estou contigo, não tenhas medo!
Olhando para o presépio, vejo um recém-nascido, Maria, José, a estrela de Belém e os magos prostrados diante daquele menino frágil em sua natureza humana.
Neste Natal, quero que Ele possa nascer no meu coração; quero tomá-lo em meus braços como Maria sua mãe; quero cuidá-lo como José; quero que Ele seja a única estrela a brilhar na minha vida como a de Belém; quero presenteá-lo com o melhor de mim como fizeram os magos.
Que Tu sejas, Senhor, minha primeira vacina e minha liberdade!
Um abençoado e Santo Natal para você e sua família.